Grupo Bittencourt
Grupo Bittencourt

Neste momento, parece-me interessante explorar um pouco uma dúvida que me vem sendo questionada já há algum tempo: como escolher entre um contrato de licenciamento e um contrato de franquia para a realização de negócios no formato de rede ou sistema a ser gerenciado?

A dúvida, na verdade, reside nos objetivos de cada modalidade contratual, suas características e conseqüências jurídicas, quando adotada a modalidade do licenciamento ou do franchising. O que ambos tem em comum é o fato de se enquadrarem na categoria técnica de contratos comerciais por meio dos quais o detentor de um direito imaterial cede, mediante remuneração, um direito ou um conjunto de direitos a alguém para sua respectiva exploração. As coincidências, entretanto, acabam por aí…

O contrato de licenciamento é uma modalidade de contrato por meio do qual se cede a terceiro o direito de uso de marca de produto ou serviço ou, ainda, propaganda figurativa. O uso da marca poderá estar atrelado a estabelecimentos, propagandas e produtos e em função desse uso gera remuneração ao licenciante, por meio de royalties.

(mais…)

Não precisamos ir longe para responder essa pergunta. Quando surge a necessidade de um produto ou de um serviço, do mais simples (domiciliar, por exemplo) aos de lazer, esporte, saúde, beleza, educação, leitura, tomar um bom café ou saborear um bom lanche, e por aí afora, a primeira lembrança que vem à mente do consumidor é da empresa ou da marca com mais visibilidade no mercado. Primeiro por uma razão óbvia: a influência das ações de marketing; e, a seguir, por ser uma marca de uma rede de franquias, ou até mesmo de uma rede de lojas próprias.

Cada vez mais as redes de negócios (franquias, licenciadas, próprias) estão conquistando a confiança dos consumidores. Com relação às franquias, o sentimento no consumidor pode ser assim representado: “Muito bem, se faz parte de uma rede de franquias tem padrão; se tem padrão, tem controle; se tem controle, tem qualidade, supervisão, tem para quem reclamar; tem preço porque tem escala; tem variedade e novidade porque tem um giro maior. Se a compra é feita em um determinado shopping, a troca pode ser realizada em qualquer loja da rede; se não tem o tamanho, cor ou modelo numa loja, a vendedora manda buscar na mais próxima; e assim vai.

Além desse sentimento que vem se firmando cada vez mais na vida dos consumidores, as redes de franquias representam também conveniência, praticidade, economia de tempo. O exemplo maior é o sistema de delivery praticado pelas redes de alimentação e de prestação de serviços pessoais ou empresariais. O consumidor é atendido em sua residência ou trabalho, pela seguradora, pelo mecânico ou lava rápido, que leva e traz o seu carro; a lavanderia que cuida de sua roupa; o restaurante que traz o seu lanche ou a sua refeição principal; o pet shop que vem buscar seu cãozinho de estimação para o banho semanal e ainda pode trazer a ração.
As redes de negócios têm unidades cada vez mais próximas de seu público alvo. Redes de escolas de idiomas e profissionalizantes querem oferecer cada vez mais conveniência e tranqüilidade para os pais e para os trabalhadores que delas se utilizam.

Olhando pelo lado da indústria e do varejo, acreditamos que o desenvolvimento e a expansão dos negócios via sistema de franquias é um caminho sem volta. Para competir com as Redes de Negócios, com uma capilaridade cada vez maior no mercado, só se tornando uma delas, ou se incorporando a elas. Apesar da resistência de alguns segmentos, o sistema se aplica a qualquer negócio, desde que seja uma operação de sucesso e bem estruturada.

O Brasil é o país que mais se destaca em número de empreendedores iniciantes, aqueles que abrem o seu primeiro negócio. As pesquisas indicam que os pequenos empreendedores estão preferindo abrir uma franquia, onde têm mais chances de obter sucesso e aprender a empreender sem colocar totalmente em risco o seu capital. O risco na franquia existe como em qualquer outro negócio, porém a mortalidade é bem menor, face a estrutura, o know how e o apoio da franqueadora para o franqueado.

Para esses empreendedores, o que pesa também no momento da decisão por uma franquia é o fato de que o caminho das pedras para chegar até o cliente já é conhecido. O franqueador, em alguns negócios, já oferece uma carteira de clientes para o franqueado trabalhar, como ocorre no caso das imobiliárias, algumas escolas, serviços de limpeza e outras. Além do marketing, marca, escala e sistema. Resta ao franqueado usar a sua força de trabalho e o seu conhecimento na região para alavancar o negócio.

Empreendedores (franqueadores e franqueados) e consumidores são os agentes principais do desenvolvimento das Redes e Centrais de Negócios, consequentemente do desenvolvimento do Brasil. E a franquia é o maior exemplo. Um pequeno empresário pode potencializar seu negócio em qualquer ponto do país por meio das franquias, sem precisar de altos investimentos, passando a contribuir com o aumento do consumo, com a arrecadação de impostos e a geração de mais empregos.


*Claudia Bittencourt é sócia fundadora e presidente do conselho consultivo do Grupo BITTENCOURT

A qualidade da gestão praticada pelas redes de franquias tem sido um dos pontos mais pesquisados e questionados pelos empreendedores antes da decisão de investimento em uma franquia de determinada marca. O modelo e a excelência da gestão são os principais aspectos que determinam o sucesso das redes de negócios.
Por mais que o franqueado pesquise sobre a qualidade do suporte e dos serviços prestados pela franqueadora à rede e como é a gestão praticada pela franqueadora, ele só tem condições de avaliar de fato estes aspectos a partir do momento em que inicia a operação de sua unidade.
No primeiro momento, este ponto é pouco tangível, no entanto, cabe ao franqueador não descuidar do monitoramento freqüente das novas unidades, e, desde o primeiro momento deixar claro ao franqueado o que ele vai ou não receber. Com isso, a chance de eliminar frustrações do franqueado por percepções e expectativas irreais são maiores. (mais…)

Greg Nathan é um dos sábios da ciência das redes de negócios. No 1o Fórum Internacional de Gestão de Franquias e Redes de Negócios, na semana passada em São Paulo, resumiu suas principais teorias de comportamentos sustentáveis entre franqueadores e franqueados. (mais…)

Sempre será presunçoso tentar condensar as discussões, apresentações e aprendizados de um evento que reuniu perto de 300 pessoas em dois dias em São Paulo, focando a gestão de redes de negócios e franquias. Foi muito conteúdo, compactado e alinhado para trazer uma visão atual e futura dos aspectos que envolvem a gestão de redes de negócios e franquias. (mais…)

A tendência de interiorização das franquias, o desejo de franqueados expandirem seus negócios e a necessidade de ampliar os canais de consumo faz com que novos modelos de franquia sejam desenvolvidos pelo mercado.
Com a estabilidade do cenário econômico nacional, os investimentos financeiros passam a ser menos atrativos e abre uma série de oportunidades para os investimentos em bens produtivos. Desta forma, o modelo de franquias contribui para que o empreendedor brasileiro possa ter uma melhor rentabilidade de seus investimentos, contando com todo o respaldo de uma marca forte, de um know-how consolidado e alguns diferenciais competitivos que estas redes proporcionam aos seus parceiros.
Além disso, temos muitas indústrias que buscam através das franquias, um canal de distribuição e vendas de seus produtos. (mais…)

Alguns erros são cometidos por ex-executivos ou ex-funcionários de empresas que partem para a abertura de um negócio próprio são cometidos de forma inconsciente ou por excesso de confiança em sua capacidade de empreender, face a experiência obtida nas empresas por onde passou
Inconscientemente, o executivo que atuava em cargos de mais alto escalão, leva consigo alguns costumes ou até vícios obtidos na cultura e na estrutura dessas empresas.
Por exemplo: tinham à sua disposição serviços de secretaria, motoboys, auxiliares diretos e indiretos, carros à sua disposição, benefícios de alimentação, transporte entre outros variando de acordo com o porte da empresa. (mais…)

Entre os dias 10 e 13 de janeiro foi realizada a 99ª Convenção Anual da National Retail Federation (NRF), em Nova York. Trata-se do principal evento de varejo nos Estados Unidos e um dos mais relevantes do mundo. A partir dele, é possível consolidar algumas conclusões sobre o momento do varejo norte-americano e captar tendências para o desenvolvimento dos negócios.

Sustentabilidade – o tema da sustentabilidade “ampliada” – que engloba questões ligadas a meio-ambiente, saúde, preocupação social e cidadania – entrou definitivamente na pauta estratégica do varejo. O assunto ganha espaço não só pela sensibilidade ao tema ou pelo ganho de imagem que a empresa e suas marcas podem auferir; mas principalmente porque faz sentido economicamente. Sustentabilidade, bem praticada, permite reduzir desperdícios e perdas, diminuir custos e gerar receitas adicionais; além disso, aproxima e engaja clientes, fornecedores e colaboradores. (mais…)

De 10 a 13 de janeiro foi realizada a 99ª Convenção Anual da National Retail Federation (NRF), em Nova York. Trata-se do principal evento de varejo dos EUA e um dos mais relevantes do mundo. A partir dele, é possível consolidar algumas conclusões sobre o momento do varejo norte-americano e captar tendências para o desenvolvimento dos negócios.
Nada será como antes – os EUA passaram por uma crise econômica que afetou o patrimônio e a confiança das famílias, com impacto no consumo e no varejo. As vendas da temporada de Natal foram melhores que as de 2008, porém ainda inferiores a 2007. Existe a percepção de que o “fundo do poço” já foi alcançado e que a economia e o consumo estão em fase de recuperação – lenta e gradual. O desempenho não vem sendo homogêneo: empresas como Walmart, Best Buy, Amazon.com, Dollar General, J.Crew e segmentos como supermercados, lojas de desconto e farmácias vêm apresentando desempenho positivo; enquanto lojas de departamentos, lojas especializadas em moda e redes de luxo sofrem mais intensamente os reflexos da crise. Entretanto, o receio que se manifestava no início de 2009 se confirma. Mesmo com a economia em recuperação, os consumidores não voltarão aos padrões de consumo que vinham caracterizando o mercado norte-americano. Não haverá mais consumismo desenfreado e endividamento irresponsável. Os consumidores vão se tornar mais seletivos, ponderados e orientados a valor. Diante do cenário, há certo consenso de que nos EUA há lojas demais e metragem de vendas excessiva para a demanda ajustada. De outro lado, a internet e os demais canais digitais roubam parcela crescente da demanda, deixando inclusive os shopping centers em dificuldades para receber aluguéis percentuais de transações que são somente retiradas nas lojas. Portanto, haverá necessidade de racionalização do parque de lojas, via fechamento de operações de baixo resultado e revisão de formatos, o que levará tempo. (mais…)

Publicada no jornal Correio Braziliense, Caderno Cidades, em 20 de dezembro de 2009

1º Passo

O empresário tem de repensar a empresa como um todo e elaborar um planejamento estratégico, definindo metas de curto, médio e longo prazo.

2º Passo

O futuro franqueador deve reavaliar os resultados da empresa, ver se o crescimento dos últimos anos é sustentável ou se esta dependente de capital de terceiros. O empresário não deve vislumbrar no sistema de franquias uma forma de capitalizar. (mais…)

Depois do comércio eletrônico, o setor de franquias no Brasil é aquele que maior e mais consistente crescimento tem tido nos últimos anos.
Em 2009 deverá ter expansão de 14,5% no seu faturamento e já projeta pelo menos 15% para 2010. São 1460 redes de franquias em 2009, contra 1379 em 2008, com um total de 80 mil franqueados. Um setor que cresceu, amadureceu nas suas práticas e processos, nos modelos de negócios e aparece de forma cada vez mais consistente no cenário econômico.
Essa história poderia ser dividida em algumas ondas que se sobrepuseram ao longo do tempo e permitiram que o setor de franquias brasileiro chegasse ao estágio de se tornar “benchmarking” no mundo, como puderam constatar os representantes de associações nacionais de diversos países que acompanharam o encontro da ABF – Associação Brasileira de Franchising na semana passada na Bahia. (mais…)

“Faça o que eu digo e não o que eu faço” não funciona no sistema de franquias.
O empresário que está planejando expandir seu negócio por meio do sistema de franquias deve fazer já, uma grande reflexão sobre o tipo de liderança que vem praticando em sua empresa.
Já foi o tempo que o excesso de controle e o rígido comando praticado nas empresas é que faziam os resultados emergirem. No franchising não é diferente, tentar engessar, criar rígidos padrões e não permitir fluir na rede um conceito de parceria, de apoio mútuo, de troca de experiências e soma de competências, pode levar o negócio para uma situação diferente da imaginada, ao invés de crescer pode emperrar o crescimento. (mais…)