Grupo Bittencourt
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O franchising e o varejo precisam mudar a percepção de valor sobre o cliente para terem a melhor estratégia de canais de vendas para expansão.

Vamos ser justos: ele não é mais o centro das atenções e o rei como foi denominado por muitos e muitos anos, ele passou a ser a base de sustentação dos negócios.
Por décadas e mais décadas rotulamos o cliente com vários adjetivos, ele já foi o patrão, o rei, o que manda na empresa e centro das atenções. Todos esses termos continuam valendo, dependendo da perspectiva que estamos analisando, porém agora ele assumiu uma posição muito mais importante na pirâmide de desenvolvimento das empresas.

Com o avanço da tecnologia e das mídias sociais o cliente tem ditado as regras e o comportamento nos negócios de varejo e serviços, nas franquias e nas redes de negócios.


Nenhuma estratégia, em qualquer tipo de empresa, pode ser analisada ou implementada sem considerar esse ser poderoso que tudo vê, tudo pode e tudo diz, e que nada nem ninguém detém ou controla.

Com um simples comando de um equipamento na palma de sua mão pode fazer maravilhas e levar uma marca ao céu ou, causar uma verdadeira catástrofe e levá-la ao pior dos mundos. Por isso ele está sendo colocado na base da pirâmide de desenvolvimento das empresas, e só a tecnologia pode ajudá-las a entender esse conjunto de atributos como seu perfil, comportamento, jornada de compras e seus desejos e, com isso, tirar o melhor proveito para a marca.

Já se foi o tempo em que as empresas desenvolviam produtos ou serviços e depois ofereciam para o mercado, pautados por uma avalanche de propagandas para despertar o interesse de seus clientes.

Muitos e muitos milhões foram investidos com esse processo, causando uma dependência muito grande das ações de marketing em massa. Quanto mais agressivas e criativas, mais clientes atraiam. Porém o valor investido em muitos casos não era possível de ser sustentado para continuar a fazer a roda girar. Com poucos recursos para reinvestir e aumentar as vendas, as empresas acabavam entrando numa guerra de preços e redução das margens.

Essa abordagem de que o cliente está na base pode parecer óbvia, porém, percebemos ao longo de nosso relacionamento com o mercado, que muitas vezes esse ser hoje tão empoderado não tem tido o reconhecimento que lhe é devido, ou não é colocado no lugar que merece.

Pior ainda, é tratado como se fosse igual a todos os outros, com os mesmos desejos, o mesmo comportamento e jornada de compra. As empresas, continuam a fazer a mesma abordagem de vendas e atendimento, esperando que o resultado seja o mesmo de anos passados. Nada mais antigo do que essa forma de agir e pensar.

Hoje quando o consumidor vai adquirir algo, ele já pesquisou tudo sobre o produto, sobre o serviço e a  marca, já vasculhou as opiniões de uma quantidade grande de outros consumidores que já experimentaram o produto ou já tiveram uma experiência com a marca, boa ou ruim, dispensando qualquer abordagem vendedora da equipe de vendas para convencê-lo.

Não é improvável que ele esteja munido de mais informações do que o próprio vendedor, tudo isso já não são mais novidade para nenhum empresário ou profissional de processos de vendas.

O alerta para que o cliente seja colocado na base da pirâmide de desenvolvimento dos negócios é porque a partir dele e de seu comportamento e perfil, é que as estratégias deverão ser definidas, em todas as esferas, entre elas:

Desenvolvimento de produto ou serviços – Quais as características dos clientes, ou dos novos consumidores que se deseja alcançar serão consideradas para o desenvolvimento de produtos ou serviços, permitindo uma maior customização?

Quanto mais alinhados, maior será o ganho. Nesse ponto, nossa experiência tem mostrado o quanto é importante ir a fundo nas pesquisas para maior conhecimento do público alvo da empresa e de sua jornada de compra. Hoje existem tecnologias que oferecem ferramentas avançadas para mapear e entender essas características e atender a demanda dos empresários neste campo.

Canais de vendas ou distribuição – De acordo com o perfil do cliente, qual ou quais canais de vendas deverão ser utilizados e como, para atendê-lo no tempo e da forma que ele deseja: distribuição, franquias, licenças, venda direta, e-commerce, marketplaces, etc.?

Quais irão  permitir maior proximidade e intimidade com esse cliente e lhe atribuir maior conveniência? Uma análise estratégica de canais de vendas e distribuição vai ajudar o empresário nessa definição, uma vez que avalia e compara a sua atuação com as diversas alternativas de canais existentes, com uma análise técnica e validada daqueles que podem permitir  uma expansão mais rápida e segura, a um menor custo e maior controle, além de avaliar  como seus competidores estão atuando e como o empresário pode se diferenciar e aumentar sua competitividade e capilaridade;

Como ele deseja se comunicar com a marca – Essa informação é uma das mais importantes, porque vai permitir uma comunicação mais assertiva e personalizada com o cliente, de forma que ele se engaje cada vez mais e seja promotor da marca. Um estudo para entender como esse cliente se relaciona com as diversas marcas que consome, sejam de produtos ou serviços, pode ser um dos caminhos, ressaltando também o uso de ferramentas e sistemas que hoje fornecem essas informações.

Por conta de todos esses atributos é que colocamos o cliente na base e não no centro, é ele o principal pilar, a base para o crescimento, expansão e sustentação dos negócios.

Teorias de administração e gestão preconizadas há anos pelos gurus de administração, estão sendo questionadas. A forma como eram aplicadas no passado estão perdendo sentido no mundo atual. Uma nova forma de organizar a Estrutura Organizacional das empresas, seus Processos e relação a com as Pessoas são parte de um diagnóstico empresarial que precisa ser feito já.

Os pilares de sucesso das empresas

Os autores de clássicos da administração sempre pregaram que os negócios para terem sucesso deveriam ser sustentados por três pilares: Estrutura Organizacional, Processos e Pessoas. Com o passar do tempo e com a evolução da tecnologia foi acrescentado a Processos, a Tecnologia, uma vez que os processos realizados de forma manual foram substituídos por processos informatizados, permitindo um acesso rápido, com mais qualidade e com ganho de produtividade.
Os líderes segundo essas teorias deveriam estar atentos a estes pilares para fazerem uma boa gestão do negócio. Deveriam definir muito bem a estrutura organizacional da empresa, alinhada com as estratégias para o seu desenvolvimento e expansão; os processos deveriam ser mapeados e formalizados para que os colaboradores pudessem realizar suas atividades com baixa margem de erro. Os profissionais deveriam ser contratados com perfil e competências ideais para realizarem as atividades inerentes ao seu cargo, além de receberem treinamentos para que tudo fosse realizado com excelência. (mais…)

Uma estratégia omnichannel eficaz para o varejo faz com que a marca consiga prover o mercado e os consumidores com uma experiência de consumo totalmente integrada independente dos canais de distribuição em que atue.
Não se trata de uma abordagem fácil ou mesmo descomplicada. Ela mexe com todos os processos da companhia como operações, logística e distribuição, estratégia comercial, eficiência tributária, compras e abastecimento, tecnologia e principalmente uma transformação profunda na cultura da empresa que passa a ser centrada na geração da melhor experiência possível para o consumidor final.


Trata-se de estar presente onde o consumidor estiver e para que ele se relacione com a marca da forma que quiser. Seja para checar preços, avaliar produtos, receber recomendações, viver experiências extraordinárias e até mesmo comprar.

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Todos os anos o Grupo BITTENCOURT participa da Convenção Internacional da IFA – International Franchise Association, e especialmente em 2019 tive a oportunidade de representar a consultoria nesse grande evento.
A Convenção é certamente o maior encontro mundial de franqueadores, franqueados e fornecedores do franchising e, desde a primeira edição há 28 anos, fomenta discussões importantes sobre o sistema.
Para dar um panorama geral, o mercado americano de franquias tem números muito grandiosos principalmente quando falamos sobre o número de unidades – são mais de 800 mil! Para efeito de comparação, o mercado brasileiro tem pouco mais de 153 mil. (mais…)

Você já parou para pensar sobre como será o franchising no futuro? Aqui no Grupo BITTENCOURT fizemos um exercício de pensar para onde o nosso mercado vai caminhar nos próximos anos, um exercício que nos ajuda sempre a orientar nossos clientes na melhor estratégia para seus negócios. Mas antes de falar para onde vamos, quero fazer uma reflexão de onde viemos e onde estamos atualmente.
O franchising no Brasil começou nos anos 80 com a expansão de conceitos de alimentação e do ensino de idiomas. Algumas marcas rapidamente ganharam força e profissionalização com o marco regulatório do sistema que foi publicado na década de 90. Ao longo do tempo, muitos foram os segmentos de negócio que se utilizaram do sistema, inclusive as indústrias. Os modelos de negócios foram se multiplicando, de uma simples franquia individual de varejo ou de serviços, hoje temos as microfranquias, as franquias de conversão, social, profissional, franquias combinadas e até showroom. (mais…)

A evolução da mulher como empreendedora no Brasil vem revelando para a comunidade empresarial características muito benéficas de sua personalidade que impactam positivamente no resultado dos negócios.
No passado a mulher, uma parcela pequena em relação aos homens, entrava para o mundo dos negócios como empreendedora, muitas vezes por necessidade e para ajudar a complementar a renda familiar. Existia no meio empresarial um preconceito sobre a capacidade da mulher de estar à frente de uma grande corporação,  em qualquer segmento, e de sua liderança frente aos demais executivos, masculinos, e gerar resultados para a empresa.
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Como empresas e pessoas podem contribuir para um consumo consciente e sustentável

Sempre ouvimos que a sociedade vive de ciclos, isso se aplica à moda, à arquitetura, à indústria automobilística e mais recentemente ao comportamento dos empresários e consumidores no mundo dos negócios.
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As empresas no Brasil vivem um grande dilema quanto à questão da transformação digital, mais ou menos como diz o ditado popular, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, ou seja, ou incorporam de vez a cultura digital e fazem mudanças radicais em seus modelos de negócios, ou ficam paradas no tempo e serão atropeladas pelo avanço do mundo digital, móvel e globalizado e pelos concorrentes que se inseriram mais rapidamente nesse novo mundo.

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Como o franchising pode impulsionar o capitalismo consciente no Brasil.

Movimentos com o objetivo de rediscutir o papel e o espaço dos negócios e do dinheiro em nossas vidas estão avançando também no Brasil, o do Capitalismo Consciente e Empresas B, são movimentos que já utilizam as ferramentas da livre-iniciativa para injetar propósito nas atividades produtivas e elevar o impacto socioambiental positivo das empresas.

Todos os movimentos visam elevar o nível de conscientização das empresas para um objetivo maior, além-lucro, no sentido de combinar lucro e justiça social, produtividade e criatividade, eficiência e bem-estar, competição e espiritualidade, resultado e felicidade, temas estes que vem também sendo discutidos por vários autores, o principal deles, John Mackey, cofundador da Whole Foods, no seu livro o Capitalismo Consciente, que escreveu em parceria com o professor de negócios indiano Rajendra Sisoda. O autor prega a ideia de que negócios podem ser veículos para o aprendizado e crescimento pessoal e organizacional.

Mackey traz no seu livro uma definição abrangente de Empresas Conscientes: “São negócios galvanizados por propósitos maiores, que servem e alinham os interesses de todos os seus principais stakeholders; negócios com líderes conscientes que existem a serviço do propósito da companhia, das pessoas que ela toca e do planeta; e negócios com culturas resilientes de cuidado, que fazem com que trabalhar neles seja uma fonte de grande alegria e realização”.

O Capitalismo Consciente está pautado em quatro princípios básicos: 

  • Propósito maior, também denominado de propósito transformador massivo;
  • Integração de stakeholders;
  • Liderança consciente e;
  • Administração consciente.

Como especialista em desenvolvimento de redes de franquias e negócios, ao analisar todos esses movimentos, percebo o quanto as empresas franqueadoras e as gestoras de grandes redes de negócios podem impactar positivamente e numa velocidade muito maior, as empresas que fazem parte da rede da marca, seus parceiros franqueados ou licenciados para atuarem de forma consciente em suas empresas e perante seu mercado de atuação.

Grandes players do franchising, com redes com mais de 3000 unidades, 1000, 500, 100, já atuam em diferentes mercados e interagem com uma diversidade grande de clientes e empresas, contam com a força da rede para obterem benefícios para todos os integrantes da rede, por exemplo, as negociações em escala, as trocas de experiências e as boas práticas que são facilmente disseminada para toda a rede, fazendo com que os franqueados ou parceiros sejam mais eficientes e seus negócios mais rentáveis. Por que não usar todo esse poder e também influenciar positivamente todas essas empresas e pessoas para atuarem de forma consciente e melhorarem ainda mais os seus negócios e proporcionar também felicidade para as pessoas?

A resposta é clara, o exemplo e a ação devem vir dos líderes da franqueadora e de suas equipes que para atuarem dessa forma precisam ter incorporado os quatros princípios do capitalismo consciente, o que é um processo complexo e que vai exigir um envolvimento muito grande do executivo principal da empresa, via de regra as empresas buscam ajuda externa, uma consultoria especializada, por exemplo, para orientá-los nessa jornada.

Tudo começa pelo primeiro princípio, o propósito maior, que vai além da mera geração de lucro, segundo Mackey e Sisodia, “empresas ricas em propósito são normalmente aquelas que sempre se fazem perguntas como estas: Por que o nosso negócio existe? Por que ele precisa existir? Que valores centrais animam este empreendimento e são capazes de unir todos nossos stakeholders?” Para responder estas questões, cujas respostas devem estar impregnadas em toda a empresa, vai exigir uma grande reflexão dos sócios e executivos quanto à forma de agir e pensar o negócio, o que vai envolver mudança de cultura e de estrutura organizacional, mudança na forma de fazer marketing e em como se relacionar com o mercado e com os fornecedores, com seus colaboradores e em especial o cliente.

O segundo princípio do capitalismo consciente é a geração de valor compartilhado entre todos os stakeholders. Por incrível que parece ainda se lê em algumas declarações de missão de empresas, geralmente em grandes corporações, declarações como esta: “gerar valor para os acionistas”, uma visão totalmente voltada pra dentro da empresa.

E o cliente?  Aquele que faz gerar resultados para a empresa e a condição de pagar os dividendos para os acionistas? É ele, o cliente, que faz a marca/empresa aumentar o seu valor no mercado e torná-la mais competitiva. Segundo Hugo Bethlem, um dos representantes do capitalismo consciente no Brasil, “o acionista não pode ter privilégios em relação aos fornecedores, clientes e colaboradores, ao governo, meio ambiente e à sociedade em geral. As empresas conscientes reconhecem que cada um dos seus stakeholders é importante, que eles são conectados e interdependentes e que o seu dever é criar valor para todos eles.”.

O terceiro e quarto princípio tem a ver com a liderança e a cultura da empresa, assas coisas todas só vão funcionar e ter continuidade se as empresas tiverem lideres conscientes preocupados com a forma como são tratadas as pessoas que fazem parte do negócio e determinados a entender e defender o propósito da companhia, por uma liderança que sabe lidar com a diversidade e que busca muito mais influenciar do que punir, que não abrem mão de algum poder e riqueza, mas entendem que é possível conquista-los pela realização de um propósito.

As empresas conscientes devem usar uma abordagem de administração que seja consistente com a sua cultura e baseada em descentralização, empoderamento e colaboração. Segundo Bethlem, “muitas vezes, é a ganância, a concorrência desleal e a burocracia que acabam transformando tais empreendimentos em negócios menos conscientes”.

Finalizando, reforço o quanto o franchising pode ser o caminho mais curto para fomentar e impulsionar o capitalismo consciente no Brasil. O principal elemento as empresas que atuam no franchising já tem: atuam em rede. Portanto, faço o convite aos franqueadores, franqueados e todos os fornecedores do sistema: vamos fazer diferença no mundo!

CLAUDIA BITTENCOURT, Sócia Fundadora e Diretora Geral do Grupo BITTENCOURT, empresa de consultoria especializada em desenvolvimento, expansão e gestão de redes de franquias e negócios, com soluções voltadas para apoiar as empresas na definição das melhores estratégias para expansão da marca, atuando desde a definição da estratégia até a estruturação e implantação dos canais de vendas e distribuição definidos; Solução para apoiar a indústria para atuar no varejo, desde a definição do conceito de varejo até a implantação e a estruturação do modelo para ser replicado; formatação e implantação de sistemas de franquias e implantação da estrutura da franqueadora voltada para a gestão da rede de franquias; programas de capacitação voltados para os executivos das empresas franqueadoras e para os franqueados; apoio no processo de expansão nacional com a seleção dos melhores operadores para a rede, franqueados, licenciados e internacionalização de marcas.

O Grupo BITTENCOURT é um ASSOCIADO APOIADOR do ICBB-Instituto Capitalismo Consciente Brasil, com o propósito de apoiar e promover a essência do movimento no âmbito do franchising e das redes de negócios e unir forças para estimular e divulgar bons exemplos empresariais.

Como posso franquear meu negócio?

Expandir a empresa através de franquia pode ser o sonho de muitos empreendedores. Entre as principais vantagens de transformar seu negócio em franquia, podemos citar que o dono da marca tem a oportunidade de ao franquear o negócio, ocupar mercados até então inexplorados, com capital de terceiros e utilizando a força de trabalho de outro empreendedor, o franqueado, sem precisar operar o negócio.

Se bem estruturado o processo de franquear o negócio, faz com que a expansão ganhe capilaridade em uma velocidade maior, crie barreira para a concorrência e consequentemente amplie o valor da marca. Quando o empreendedor pensa “Quero franquear meu negócio”, ele precisa ter algumas coisas em mente.

O pré-requisito básico para transformar o negócio em uma rede de franquias, é ter um modelo de sucesso. Ou seja, um negócio no qual o empresário já tem domínio da operação, tem processos bem definidos, é rentável, tem reconhecimento do seu consumidor e ainda o desejo de expandir.

Por exemplo, muitas vezes o empresário ao franquear o negócio só se dá conta de que isso é possível quando pessoas que admiram a empresa e começam a questioná-lo se o negócio é franquia. O problema é que, ao perceber esse interesse, alguns se aventuram transformando o negócio em franquia, com a formalização de contratos sem a devida orientação e acabam se frustrando.

O que significa dizer, que o franchising é um canal de distribuição que exige uma série de estudos cuidados para transformar um negócio em franquias e isso passa pela verificação de sua viabilidade e uma dose extra de responsabilidade, uma vez que lida com capital de terceiros. Muitas vezes, isso significa as reservas de toda uma vida.

Fundamentalmente o franchising representa a concessão do direito de uso de marca e transmissão de know how, ou seja, todo o conhecimento adquirido pelo empresário e que vai ajudar o franqueado a ter sucesso com sua unidade franqueada. 

Porém, até chegar ao ponto de assinatura de um contrato de franquia, é importante a realização de estudos aprofundados – o que torna o processo de franquear o negócio uma tarefa complexa e de extrema responsabilidade. É importante entender que o negócio pode ser um sucesso, mas ao se transformar em franquia deverá comportar outros custos, como, por exemplo, o pagamento de royalties e fundo de propaganda.

Estudos de Viabilidade e Franqueabilidade do Negócio

O primeiro passo antes de pensar em franquear o negócio, é a avaliação de “Franqueabilidade”, esse é um termo comum no franchising, e envolve um amplo estudo técnico, realizado por empresa ou profissional especializado em estratégia e finanças e conhecedor do sistema de franquias, para avaliar a viabilidade da aplicação do sistema de franquia para expansão de um determinado negócio.

“É o momento que o empresário deve fazer uma análise profunda sobre todos os aspectos que envolvem a sua marca e o conceito do seu negócio, atuais e futuros, uma vez que vai replicar esse conceito para empreendedores, além de conceder o direito de uso da marca”.

Franquia: Padronização e Treinamento

Um pré-requisito ao franquear o negócio, é a transmissão do conhecimento (know how) que visa acelerar da curva de aprendizado do Franqueado no desenvolvimento do negócio próprio. Ou seja, as pessoas buscam franquias porque querem um negócio de sucesso, já formatado, e esperam que franqueadora ensine tudo o que precisa para que o negócio dê certo.

Por isso, os treinamentos são essenciais ao franquear o negócio. Sem eles a padronização dos aspectos que compõem a identidade da marca é totalmente perdida, tornando a franquia com uma qualidade questionável, portanto, um mau negócio.

Para tanto, mais do que histórico que propicie o know how, a Franqueadora precisa saber transmiti-lo, tendo seus processos documentados, treinamentos desenvolvidos e forma de acompanhar tudo isso.

“Resumindo: implantar uma estrutura com foco na gestão dessa futura rede e em sua sustentação ao longo dos anos”.

O Sistema de Franchising no Brasil - a Lei de Franquias

A Lei 8.955/94 rege o sistema de franchising e especifica os deveres das marcas para se inserir no sistema de franquias, como: a COF (circular de oferta de franquia), e um contrato explicando a relação entre as partes.

Para se transformar o negócio em franquia, é preciso seguir a risca a legislação. Entre os aspectos básicos para se tornar uma franqueadora estão:

  • Registrar a marca no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) para que dê ao franqueado o direito de uso da marca e os demais direitos;
    Desenvolver um plano de negócio para as Franquias, com projeção de resultados para, pelo menos, 5 (cinco) anos;
  • Desenvolver/ Manualizar processos e Estruturar Treinamentos, para a transmissão de know how e uma efetiva padronização;
  • Ter estrutura de acompanhamento ao Franqueado, para que as unidades não se percam ou fujam do estabelecido, comprometendo a marca;
  • Ter Instrumentos Jurídicos condizentes com a relação que se espera (longa e saudável), dando segurança ao Franqueado e à Franqueadora, para manter a política de boa relação entre as partes.

“É importante saber que o processo de “formatação”, como é chamado, não é rápido e é um investimento com retorno de médio a longo prazo, mas sabendo obedecer aos pré-requisitos é o primeiro passo para o sucesso da transformação de um negócio em franquias”.

Avaliação do franqueado

A seleção de um candidato à franquia é um dos pilares mais importantes para o sucesso da rede. Não existe um perfil ideal, o que existe é o perfil adequado para cada tipo de negócio e marca. O perfil para uma rede de alimentação pode ser bastante distinto de uma rede de serviços de beleza, por exemplo. Porém de uma forma geral, é importante avaliar se o candidato tem:

• Condições financeiras de investir no negócio. Para essa avaliação, vale solicitar comprovantes bancários e declarações de imposto de renda.
• Afinidade com o segmento de atuação da franquia. Se o negócio exigir que o franqueado seja o principal operador e esteja no dia a dia do negócio, ele precisa se sentir confortável e motivado a realizar as atividades cotidianamente.
• Intenção de se dedicar. Quem deseja investir numa franquia para ter uma vida mais tranquila e trabalhar menos pode estar enganado e se frustrar.
• Expectativas de vida alinhadas com o que vai ser exigido pelo negócio. Ele deve estar ciente que o sucesso do empreendimento vai depender dele e não da franqueadora (apesar de poder contar com o apoio dela).
• Capacidade de liderança. O franqueado estará à frente de uma equipe, ele deve ditar o ritmo da unidade, quem motiva e engaja os funcionários em torno do propósito da rede e das metas a serem alcançadas.
• Conhecimento em administração, finanças, recursos humanos, enfim, deve saber gerir todos os pontos chave que vão conduzir ao sucesso de sua unidade.
• Capacidade de seguir regras.

No franchising o modelo de negócios formatado pela franqueadora deve ser mantido e, para isso, uma série de processos e regras devem ser seguidos à risca. Uma pessoa que gosta de inovar e criar sempre, pode não ter o perfil para ser um franqueado.

Franqueador, sem perder o controle ao franquear o negócio

A estruturação é fundamental. Isso significa:

• Definir muito bem os papéis e responsabilidades da equipe que vai cuidar da rede, cuidar da comunicação e do repasse de informações chave e ter sempre acesso aos indicadores de cada unidade.
• Saber quais franquias estão performando bem e quais precisam de cuidados e apoio extra é fundamental.
• Realizar pesquisas de satisfação com a rede e com os clientes da marca para sentir a temperatura do negócio e como a rede está caminhando.
• Estar próximo da rede, manter um diálogo aberto com os franqueados, ouvi-los e apoiar na condução do negócio. Os consultores de campo, que são os responsáveis por visitar as unidades periodicamente e prestar o suporte in loco, têm papel fundamental nesse processo.
• Fazer um plano de expansão responsável. Alguns cuidados no início podem facilitar o processo de suporte, como, por exemplo, não conceder franquias para locais muito distantes da franqueadora. No início da expansão o franqueador também está aprendendo com a rede.

Quanto mais próximos estiver, menores serão os custos de suporte e maior será a facilidade de acesso aos franqueados. Ter um plano de expansão criterioso pode ser um ponto chave para o sucesso da rede.

O momento ideal

Não existe uma regra de quando é o momento ideal de franquear um negócio. Irá depender da fase que a empresa está vivendo, tipos de pressões que recebe de consumidores e necessidades de ampliar ganhos e se sustentar no mercado.

O “momento certo” muitas vezes é ditado pela própria repercussão da imagem da marca e dos produtos no mercado.

A empresa começa a ser demandada por mais pessoas querendo o seu produto e então, facilitar o acesso por meio de uma rede de franquias é um bom caminho.

Outro aspecto é a preocupação com a concorrência. Se o empresário não ocupar mercados onde não atua, outros o farão.

Lyana Bittencourt – Sócia e Diretora Executiva do Grupo BITTENCOURT

O Grupo BITTENCOURT atua com consultoria voltada para o desenvolvimento e expansão de redes de franquias e negócios. As consultorias e os programas especializados envolvem o desenvolvimento e a expansão de negócios em todos os segmentos, com a identificação e implementação da melhor estratégia de canais de vendas e distribuição; formatação e implantação de sistemas de franquias. Para mais informações entre em contato conosco através do e-mail contato@bcef.com.br

A importância de ter uma boa estratégia e investir nos canais corretos para ganhar tração e crescer de forma escalável.

Start-ups, pequenos negócios, pequenas redes ou ainda redes de franquias que estão em processo inicial de expansão precisam crescer em números de clientes, de maneira previsível e escalável e, para isso, uma boa estratégia é aplicar o marketing de tração.
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O que o franchising vem fazendo pelo Brasil merece um olhar mais apurado dos  órgãos que regulamentam a indústria e o comércio, ligados ao  Governo Federal, Estadual e Municipal.
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