Grupo Bittencourt
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A Filosofia slow que alguns seguidores e escritores definem como o “ato de usar o tempo sabiamente e fazer tudo no ritmo certo” começou a ganhar vários adeptos em diferentes áreas inclusive no mundo corporativo,  porém num  ritmo slow, ou seja, aos poucos, em contradição à  realidade que nos apresenta onde  tudo e todos estão sendo  atropelados pela evolução da  tecnologia onde agilidade é a palavra do momento. No mundo corporativo até há poucos meses, havia a sensação de que o movimento slow, como foi chamado,  estava  mais para  discurso de ativistas do que uma prática  de fato.

Não imaginava o idealizador do movimento que viria uma pandemia e que a humanidade poderia, de repente,  descobrir fazer sentido olhar o mundo não no modo  fast mas no modo slow.

No  primeiro momento o caos instalado,  as pessoas forçadas pela quarentena, em casa, onde literalmente ficou tudo muito junto e misturado, os afazeres domésticos com as   atividades profissionais e educacionais, e todos se dividindo como podiam, para não deixar de atender ninguém, nem o patrão, nem o filho, a esposa, o marido, uma verdadeira orquestra com mais de um maestro e vários instrumentos desafinados. Situação jamais imaginada.

Além do medo, pairava  a  sensação e a ilusão de que seria por pouco tempo e que logo as coisas voltariam ao normal. O tempo foi passando e a realidade que se apresentava era mais cruel e transcorria  no seu ritmo  e na sua velocidade,  desafiando as maiores autoridades e institutos ligados a medicina no mundo  e  que  nenhuma tecnologia foi capaz resolver.

Apesar do efeito devastador causado pela COVID-19, o prolongamento de sua permanência  foi causando nas pessoas o sentimento slow, aquele sentimento que quase fala, que quase salta  do peito das pessoas: Calma, relaxa! Não há o que você possa  fazer, além de cuidar de si  e do outro, um dia de cada vez. Sim, no meio de tudo isso, começamos a vivenciar o mundo, a filosofia e o movimento slow, com  a oportunidade de avaliar o efeito de tudo, juntos, em todos os sentidos e em todos os níveis e meios.

Os empresários começaram a enxergar  outras perspectivas, sentiram  a solidariedade e o amor daqueles que  fazem o seu negócio funcionar e aumentaram a preocupação e os cuidados com eles; Os pais na convivência com os filhos passaram a experimentar o quanto é prazeroso  ver o desenvolvimento das crianças e o quanto estão aprendendo com elas.   

A necessidade de equilibrar tudo, de valorizar o que não era valorizado, de enxergar o que não era visto, de preservar o que não era preservado, de amar o desconhecido, de  doar mais e receber menos, e, de se apegar a algo superior, ao Pai, aflorou. Entramos todos no mesmo barco, sem distinção de raça, classe social, poder e o que mais possa distinguir um ser humano do outro, e estamos atravessando as ondas e tormentas com poucos equipamentos, mas com muita esperança  de que juntos  chegaremos do outro lado,  experimentando todas as sensações possíveis, o calor do sol, a brisa do anoitecer, o cantar das gaivotas, o balanço das ondas e o aperto no coração de cada um.

 Em 2004  o autor  Carl Honoré escreveu o livro, In Praise of Slow, traduzido para português  sob o título “Devagar”,  onde cita  como a filosofia Slow pode ser aplicada em todos os campos da atuação humana,  Honoré descreve o Slow Movement assim:

“É uma revolução cultural contra a noção de que mais rápido é sempre melhor. A filosofia Slow não é fazer tudo a um ritmo de caracol. Trata-se de tentar fazer tudo à velocidade certa. Saboreando as horas e minutos em vez de apenas contá-los. Fazendo tudo o que for possível, em vez de ser o mais rápido possível. É sobre ter qualidade em detrimento da quantidade em tudo, desde o trabalho até a comida e a criação dos filhos”.

Bemvindos ao Movimento Slow acelerado pela pandemia.

Ultimamente temos sido procurados para dizer sobre o que o setor de franquias pode esperar no pós pandemia e, mais especificamente, como o fato da pandemia ter atingido estados e municípios de forma distinta podem impactar na gestão da marca e na consistência da experiência que ela proporciona.

O que vai ser perpetuado no futuro ainda é uma incógnita. O que sabemos de fato é que as marcas vão precisar ganhar novamente a confiança do consumidor nessa retomada. Fazê-lo se sentir confortável e seguro em visitar o ponto de venda, mesmo com o risco de contaminação e com as restrições impostas. Não há como dizer que a experiência de compra não foi prejudicada, isso de fato aconteceu.

Mas é o contato mais próximo da franqueadora com a realidade de cada região/mercado que vai apoiar as decisões no pós pandemia.

É inegável que houve nos últimos meses uma aproximação maior da franqueadora com a realidade de cada franqueado. Foi aberto um canal de diálogo que se ainda não existia, passou a existir ou foi fortalecido.

Na retomada dos negócios esse canal ainda tem que servir para a construção de soluções conjuntas para a retomada. O franqueado passando as exigências locais e a forma que o consumidor tem recebido as adaptações, e a franqueadora orientando quanto à forma de atender a essas adaptações e ainda proporcionar uma boa experiência de compra para o consumidor.

Com os diferentes estágios da pandemia em cada região e com as diferentes decisões de cada estado, esse canal aberto tem que ser ainda mais eficaz para a definição em conjunto da melhor estratégia.

O fato de uma região exigir mais cuidado que outras não muda o fato do franqueado ter que seguir os padrões de uso da marca e de respeitar as diretrizes estabelecidas em contrato, é apenas uma adaptação na forma de atender e se relacionar com o cliente. E isso, tem que ser construído em conjunto.

O que vemos é uma tendência de que as regras de flexibilização do comércio só sejam definitivamente relaxadas para os patamares do cenário antes da pandemia quando houver de fato uma vacina e as pessoas puderem ser imunizadas. A experiência de compra plena agora passa também pelos cuidados com a saúde e novas formas de se relacionar com o ponto de venda. É uma adaptação necessária tanto para as marcas quanto para os consumidores. Se vai ser perene ou não, o tempo irá dizer.

E nesse processo distinto de retomada o fato de que a identidade da marca ter que ser preservada, não muda. Nos processos que são mais individuais de cada região o papel do consultor de campo passa a ser ainda mais fundamental, mesmo que à distância. É ele o elo que vai apoiar o franqueado no ajuste de sua operação e nos cuidados que devem ser mantidos para que o consumidor ainda se sinta acolhido e preservado nessa retomada e ainda pela preservação da marca nesse processo.

A gestão com o apoio de consultores bem preparados e treinados, suportados por tecnologias que permitam a visualização do ponto físico em operação e os números,  passa a ser ainda mais importante, porque no caso de quebra dos protocolos de segurança em alguns estados também há aplicação de multas severas que podem prejudicar ainda mais o negócio que está buscando a recuperação.

Recentemente, mais precisamente em 28 de Maio de 2020, o Franchising teve uma amarga surpresa, ao ser proferida a decisão pelo STF considerando constitucional a incidência de ISSQN (imposto sobre serviço de qualquer natureza) sobre os royalties. (mais…)

Estamos na era do que quero tudo agora! Uma pesquisa realizada pela Capgemini com mais de 5 mil pessoas nos EUA, Reino Unido, França e Alemanha, mostrou que 51% das pessoas já usam assistentes de voz, 35%  compraram produtos, 34% encomendaram refeições e 28% já reservaram serviços de táxi ou uber através da ferramenta.

A consolidação da utilização de comandos de voz para fazer compras em lojas online, também conhecido como voice-commerce, é uma das apostas para o futuro do varejo.  Depois do e-commerce e do mobile commerce, é a vez da voz!

Você está preparado para falar com a sua geladeira, comprar um tênis recomendado pela esteira da academia ou mesmo pedir comida para o cachorro diretamente do seu carro? O ato de comprar vai ser mais rápido e pode ser realizado a qualquer hora do dia. Se a sua empresa não estiver preparada para isso, saiba que o seu consumidor está!

Mais do que uma nova tecnologia, o “comércio conversacional” representa oportunidades de um mercado a ser explorado. Estamos vivendo já há algum tempo uma mudança da jornada do consumidor, que está cada vez mais multitarefa e pede por facilitação da rotina. Será cada vez mais comum encontrar pessoas ouvindo um áudio book enquanto correm na esteira, por exemplo. A voz vem para entregar de forma ainda mais eficaz a conveniência exigida e é um dos motivos pelos quais temos observado um “boom” dos podcasts.

No âmbito varejista, a voz não é apenas uma ferramenta para simplificar transações, mas também para criar uma relação pessoal altamente valiosa com o consumidor. Ao “conversar” com os dispositivos e fazer uma lista de compras o consumidor poderá ter entregue na sua casa os produtos que deseja, sem ao menos ter que acessar o e-commerce ou um aplicativo.

Ao mesmo tempo que representa uma oportunidade, também traz desafios – requer planejamento e investimentos em experiência do cliente, gerenciamento de dados, análise e inteligência artificial e operações de negócios. A tecnologia ainda é recente e precisa ser aprimorada, mas isso tende a evoluir e rápido. Talvez mais do que uma questão de tecnologia, o voice commerce vai precisar ganhar a confiança dos consumidores uma vez que os dispositivos passarão a deliberadamente escutar e interpretar o que está ao redor e isso significa, entrar de vez em sua vida íntima.

Dessa forma, a marca estará literalmente a uma frase de distância ocupando espaços antes inimagináveis e criando relacionamento emocionalmente engajado com o consumidor. Por ser ‘onipresente’ na rotina dos consumidores que possuem acesso a dispositivos munidos de inteligência artificial, os players que se desenvolverem nesse mercado terão uma vantagem: a fidelidade.

O varejo conversacional têm potencial para ocupar um espaço ainda mais relevante ao se tornar uma extensão das relações dos consumidores com as marcas de forma ainda mais fluída e sem fricção. O varejo e a indústria terão um papel valioso de prestadores de serviços para resolver problemas para o consumidor, seja lá onde ele estiver.

O QUE É O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE FRANQUIAS?

O mercado brasileiro de franchising está entre os mais competitivos do mundo. O Brasil ocupa atualmente o sexto lugar no número de unidades franqueadas, com 160.958 operações, mais de 2.918 redes de franquias em atuação no país e empregando cerca de 1.358.139 trabalhadores empregados (ABF, 2019).

Esse cenário favorável vinha principalmente da agenda econômica do Brasil e as reformas promovidas pelo governo, que contribuíram significativamente para os bons resultados das franquias no último ano. Todavia, esse cenário não representa mais a realidade atual.

Com a crise no varejo e no consumo causada pela COVID-19, muitas redes de franquias estão fechando unidades e infelizmente também não veem perspectiva de melhoras consideráveis ao um crescimento sustentável de suas franquias no curto, médio prazo. Já os países desenvolvidos, mesmo também impactados por esse cenário, tendem a se recuperar mais brevemente quando comparado ao Brasil.

Além de um futuro de curto prazo incerto no país, há também outros principais argumentos quando se busca a internacionalização de franquias: como mercado doméstico pequeno ou saturado, estrutura do mercado brasileiro e barreiras de entrada à atuação da empresa, vantagens comparativas no mercado externo e otimização da produção incentivam as empresas de franquia e potencializarem  o seu desenvolvimento nos mercados internacionais. Além dessas questões com foco mais mercadológico e estratégico, há também a demanda vinda do exterior de imigrantes que desejam mudar para outro país e veem nas franquias uma possibilidade de trabalho e fonte de rende por meio do empreendedorismo.  Vale pontuar, pesquisar e acompanhar a onda de brasileiros que migrarão para Europa e Estados Unidos por conta da crise e estarão buscando oportunidades no exterior.

Mesmo com o grande esforço no processo de internacionalização de franquias brasileiras, esse se mostra uma estratégia importante e relevante para aquelas empresas que buscam melhorar sua percepção de marca no mercado doméstico. O consumidor brasileiro identifica mais valor na marca, uma vez que essa atua internacionalmente, o que remete a uma qualidade superior do produto, aumentando a reputação da marca e, consequentemente, impulsionando vendas.

Visto isso, um movimento de internacionalização de franquias, principalmente em um período de crise, gera benefícios e oportunidades tanto para a franqueadora em busca de novos mercados, como para indivíduos que estejam buscando novas fontes de renda e desejam mudar para o exterior, como também para o consumidor que identifica nesse movimento o desenvolvimento de novas competências e inovações que trazem mais benefícios no consumo.

 

Processo

O processo de internacionalização de franquias, todavia, exige um plano estratégico robusto e cuidadoso e uma análise mais aprofundada a fim de verificar as peculiaridades dos mercados internacionais em que se busca expandir.

Não se deve assimilar o mesmo operacional de expansão no Brasil e no exterior. Depois de uma profunda análise de viabilidade de expansão do exterior, é necessário adaptar a estrutura da franqueadora e seus processos a fim de atender os franqueados principalmente de maneira remota. O  formato de expansão, franquias ou  micro franquias por exemplo, e até o perfil do franqueado deverão ser reavaliados quando se trata de uma expansão no exterior.

Quando pensamos em globalização e internacionalização, um ponto importante é a adaptação dos produtos e serviços para a realidade e demandas locais dos consumidores, se tornando muitas vezes necessários  os ajustes nos produtos e serviços  e muitas vezes também do  formato do negócio, exigindo grande compromisso e adaptação das franqueadoras.

Outro ponto crítico para o sucesso do Franchising é a avaliação financeira e fiscal de cada país  focal, a fim de entender a real viabilidade da internacionalização de franquias.

Cuidados

Além de todo o cuidado com os processos para uma implementação viável e sustentável dos modelos de negócio, adaptando, produtos, modelo de negócios, analisando o mercado em todos os âmbitos, e adaptando a estrutura da franqueadora, há também fatores culturais que devem ser levados em consideração ao considerar a internacionalização de franquias. Essas diferenças podem até comprometer o relacionamento entre franqueadora e franqueado como também pode transferir demasiado controle sobre o modelo de negócio para que o franqueado possa adaptar-se as demandas locais.

Como já mencionado, no mercado externo, a marca não possui a reputação que possui no mercado doméstico, na grande maioria das vezes. Por isso, também deve-se levar em consideração quando escolher o  perfil do franqueado desejado pelo franqueador, ajustando as necessidades financeiras exigidas para se  integrar a cadeia de franchising com o novo nível de serviço e reputação que será entregue ao franqueado, com o intuito de atrair mais candidatos.

Como se preparar

Se a empresa identifica um cenário favorável para internacionalização de franquias, é necessário seguir etapas cuidadosas para que esse movimento seja de sucesso.

Primeiramente, é preciso definir o mercado-alvo, com a escolhas dos países e régios , a partir de profundas análises de mercado, concorrência, barreiras de entrada, perfil e comportamento do consumidor e regime fiscal dessas localidades. Depois disso, é necessário adaptar o modelo de negócio que será expandido de acordo com as análises realizadas na etapa anterior, a fim de melhor atender as necessidade locais do país em que a franquia será instalada.

A partir do modelo da franquia a ser internacionalizado, deve-se pensar na infraestrutura necessária para operacionalização essas unidades no exterior. Essa etapa contempla principalmente a reestruturação da franqueadora para atender as demandas do mercado externo, principalmente no que remete a acompanhamento do franqueadora remotamente. O desenvolvimento de uma cadeia de exportação também pode se mostrar necessária dependendo do ramo de atuação como também o desenvolvimento de fornecedores e parceiros locais.

Quando a infraestrutura tanto da franqueadora quanto da franquia estão alinhadas, o último passo é entrar o franqueado ideal e treiná-lo no padrão que a franqueadora definiu. Para isso, é necessário levantamento das novas competências necessário para operacionalizar o negocio e traçar o novo perfil do franquiado e capacitá-lo e oferecer o suporte necessário para atuar em frente a franquia no exterior.

O processo em linhas gerais parece simples, mas vale ressaltar a importância de profissionais que sejam especialistas em internacionalização de franquias a fim e dar o suporte necessário para a adequação do modelo de negócio  ao merca o externo, uma vez que é um movimento de risco e deve ser bem calculado.

O Grupo BITTENCOURT atua com parceiros na Europa, Austrália e Estados Unidos, que detém a expertise do mercado no exterior e atuam conosco para a potencialização de resultados dos clientes que veem na internacionalização de franquias um movimento potencial para expansão de sua rede e principalmente no cenário atual.

Quem atua no franchising já deve ter percebido o quanto o setor costuma ser resiliente e sobrevive às mais diversas crises que acometem a economia de tempos em tempos.

Não somos invencíveis, mas somos sim resistentes. Denotamos a isso um fator intrínseco ao modelo de negócio de franquia e em como as pessoas em pouco tempo de atuação no sistema se dão conta do valor das relações para fazer dar certo.

No franchising a cooperação é a palavra chave e quando um ganha, todos devem ganhar.

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A vida na quarentena impôs a todos uma mudança significativa nos hábitos. Assim como o consumidor, as empresas também estão testando novos modelos para atender o “novo normal” e estão buscando se reinventar rapidamente. Nesse cenário, serviços, novos modelos de negócios e posturas criados durante a pandemia do Covid-19 deverão se tornar permanentes após a crise.

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Já passamos pela fase mais crítica, de muitas incertezas e até de um certo pânico em relação à saúde das empresas e das pessoas, agora é hora de colocar a cabeça para funcionar e trabalhar todas as alternativas porque o ambiente  empresarial vai passar por várias transformações. Com base no que temos hoje, o que podemos fazer por nossas empresas para que elas se mantenham firmes no pós-crise?

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Nesse momento crítico na saúde pública e na economia, em primeiro lugar precisamos cuidar das pessoas e da vida.  Mas muitos de nós precisamos pensar também em ações, para que as empresas superem esse momento e sigam o caminho da retomada após passarmos por essa fase crítica.

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O tamanho da marca

É claro que as empresas estão mais preocupadas com o caixa e como vão pagar seus compromissos – muitas delas, inclusive, estão pensando em como honrar os salários de seus funcionários. Mas o fato é que a marca tem que ser muito maior do que a crise. Ela tem que sair com a sua reputação ilesa. Se você chegou até aqui, não deveria estar considerando recomeçar do zero quando a vida voltar ao normal.

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Já faz alguns dias que o Grupo BITTENCOURT falou aqui sobre o Simon Sinek e a palestra dele na Convenção da International Franchise Association. O que eu não se sabia, é que as palavras dele estariam ressoando tão fortemente poucas semanas depois. Acho que todos que lideram empresas e equipes devem estar sentindo como nunca foi tão necessário ter coragem para liderar.

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O crossborder como forma de internacionalização e proteção do seu negócio

Algumas notícias recentes sobre o cenário macroeconômico de nosso país podem nos fazer pensar de forma mais positiva sobre o ano que está para chegar.

Consumidor mais confiante, empresário idem. Queda no juros do cheque especial e aumento da ocupação – mesmo que na informalidade – podem fazer a economia girar um pouco mais rápido do que em 2019.

No entanto, alguns desafios que o empresário enfrenta não tem origem apenas no cenário macroeconômico nacional. Eles vão muito além de nossas fronteiras.

Além disso, as economias globais tem passado por turbulências que além de econômicas, são em grande parte políticas. Alguns líderes globais tem provocado uma sensação de instabilidade e de risco iminente de recessão, visto que tem provocado tensões no comércio entre os países com medidas protecionistas e com discursos inflamados (muitas vezes até desastrosos) para a diplomacia mundial.

O cenário atual

E para as indústrias esse tem sido um grande desafio. Já não é de hoje que concorrer na fabricação de produtos com países como China, Índia e Vietnã faz parte do seu cotidiano. Em alguns mercados como o calçadista, temos a China como produtor de mais de 50% do que se consome no mundo desse setor. Se somarmos Índia e Vietnã, o número chega a impressionantes 72% da produção mundial de calçados.

Mais do que a indústria, recentemente o varejo nacional também tem sentido a competição acirrada com essas mesmas indústrias asiáticas que passaram a vender diretamente ao consumidor final por meio de marketplaces e plataformas de e-commerces internacionais que, diga-se de passagem, tem sido muito eficazes no ajuste dos prazos de entrega além de proporcionar rastreabilidade dos produtos comprados. A experiência de consumo nesses canais tem se aprimorado bastante e num ritmo muitas vezes difícil de acompanhar.

Os números

Estima-se que o e-commerce crossborder no mundo esteja com um crescimento anual de mais de 30%. E, observando de perto o comportamento do consumidor, que tem cada vez mais adotado o comércio online como aliado no ganho de eficiência e conveniência, é possível perceber a grande oportunidade de se cruzar as fronteiras. Além de diluir os riscos de atuação num único mercado, o e-commerce crossborder muitas vezes representa a primeira iniciativa de muitas marcas no que podemos chamar de processo de internacionalização. Muitas redes de franquia inclusive têm testado a aceitação do produto no mercado externo por meio dessa iniciativa.

Oportunidades que geram desafios

Mas, essa grande oportunidade também representa aderir a algumas batalhas. As empresas que desejam competir nesse ambiente inóspito devem se preparar para enfrentar um ambiente regulatório mais complexo e muitas vezes completamente diverso do encontrado no mercado local.  Pode haver restrições à venda de produtos e exigências de agências regulatórias nos países de destino.

As flutuações cambiais e a cultura de forma e meio de pagamento também não podem ser ignoradas. Assim como no Brasil, o parcelamento é quase que regra no comércio local, outros países podem ter sua particularidades que devem ser estudadas para oferecer conveniência para o consumidor de cada destino.

A logística então é um monstro a ser enfrentado. Lembrando que não é apenas a entrega do produto que precisa ser pensada, mas também a devolução. Esse ponto é um dos que pode ser considerado impeditivo para muitas marcas que desejam operar em países com pouca infraestrutura o que certamente vai representar custos muito mais elevados.

São muitos os aspectos a serem pensados e considerados para o ingresso no comércio sem fronteiras. Quem deseja entrar no jogo do comércio mundial já deve saber que onde há um desafio também há uma oportunidade e já deve ter sentido que se não cruzar a fronteira e ir para o “lado de lá” será alcançado rapidinho no “lado de cá”.

Lyana Bittencourt, diretora executiva do Grupo BITTENCOURT

Se você deseja cruzar a fronteira e internacionalizar seu negócio, conte com o Grupo BITTENCOURT para estar ao seu lado nessa nova jornada.