Ultimamente temos sido procurados para dizer sobre o que o setor de franquias pode esperar no pós pandemia e, mais especificamente, como o fato da pandemia ter atingido estados e municípios de forma distinta podem impactar na gestão da marca e na consistência da experiência que ela proporciona.
O que vai ser perpetuado no futuro ainda é uma incógnita. O que sabemos de fato é que as marcas vão precisar ganhar novamente a confiança do consumidor nessa retomada. Fazê-lo se sentir confortável e seguro em visitar o ponto de venda, mesmo com o risco de contaminação e com as restrições impostas. Não há como dizer que a experiência de compra não foi prejudicada, isso de fato aconteceu.
Mas é o contato mais próximo da franqueadora com a realidade de cada região/mercado que vai apoiar as decisões no pós pandemia.
É inegável que houve nos últimos meses uma aproximação maior da franqueadora com a realidade de cada franqueado. Foi aberto um canal de diálogo que se ainda não existia, passou a existir ou foi fortalecido.
Na retomada dos negócios esse canal ainda tem que servir para a construção de soluções conjuntas para a retomada. O franqueado passando as exigências locais e a forma que o consumidor tem recebido as adaptações, e a franqueadora orientando quanto à forma de atender a essas adaptações e ainda proporcionar uma boa experiência de compra para o consumidor.
Com os diferentes estágios da pandemia em cada região e com as diferentes decisões de cada estado, esse canal aberto tem que ser ainda mais eficaz para a definição em conjunto da melhor estratégia.
O fato de uma região exigir mais cuidado que outras não muda o fato do franqueado ter que seguir os padrões de uso da marca e de respeitar as diretrizes estabelecidas em contrato, é apenas uma adaptação na forma de atender e se relacionar com o cliente. E isso, tem que ser construído em conjunto.
O que vemos é uma tendência de que as regras de flexibilização do comércio só sejam definitivamente relaxadas para os patamares do cenário antes da pandemia quando houver de fato uma vacina e as pessoas puderem ser imunizadas. A experiência de compra plena agora passa também pelos cuidados com a saúde e novas formas de se relacionar com o ponto de venda. É uma adaptação necessária tanto para as marcas quanto para os consumidores. Se vai ser perene ou não, o tempo irá dizer.
E nesse processo distinto de retomada o fato de que a identidade da marca ter que ser preservada, não muda. Nos processos que são mais individuais de cada região o papel do consultor de campo passa a ser ainda mais fundamental, mesmo que à distância. É ele o elo que vai apoiar o franqueado no ajuste de sua operação e nos cuidados que devem ser mantidos para que o consumidor ainda se sinta acolhido e preservado nessa retomada e ainda pela preservação da marca nesse processo.
A gestão com o apoio de consultores bem preparados e treinados, suportados por tecnologias que permitam a visualização do ponto físico em operação e os números, passa a ser ainda mais importante, porque no caso de quebra dos protocolos de segurança em alguns estados também há aplicação de multas severas que podem prejudicar ainda mais o negócio que está buscando a recuperação.
Recentemente, mais precisamente em 28 de Maio de 2020, o Franchising teve uma amarga surpresa, ao ser proferida a decisão pelo STF considerando constitucional a incidência de ISSQN (imposto sobre serviço de qualquer natureza) sobre os royalties. (mais…)
Quem atua no franchising já deve ter percebido o quanto o setor costuma ser resiliente e sobrevive às mais diversas crises que acometem a economia de tempos em tempos.

Não somos invencíveis, mas somos sim resistentes. Denotamos a isso um fator intrínseco ao modelo de negócio de franquia e em como as pessoas em pouco tempo de atuação no sistema se dão conta do valor das relações para fazer dar certo.
No franchising a cooperação é a palavra chave e quando um ganha, todos devem ganhar.
A vida na quarentena impôs a todos uma mudança significativa nos hábitos. Assim como o consumidor, as empresas também estão testando novos modelos para atender o “novo normal” e estão buscando se reinventar rapidamente. Nesse cenário, serviços, novos modelos de negócios e posturas criados durante a pandemia do Covid-19 deverão se tornar permanentes após a crise.
(mais…)Já passamos pela fase mais crítica, de muitas incertezas e até de um certo pânico em relação à saúde das empresas e das pessoas, agora é hora de colocar a cabeça para funcionar e trabalhar todas as alternativas porque o ambiente empresarial vai passar por várias transformações. Com base no que temos hoje, o que podemos fazer por nossas empresas para que elas se mantenham firmes no pós-crise?
(mais…)Nesse momento crítico na saúde pública e na economia, em primeiro lugar precisamos cuidar das pessoas e da vida. Mas muitos de nós precisamos pensar também em ações, para que as empresas superem esse momento e sigam o caminho da retomada após passarmos por essa fase crítica.
(mais…)É claro que as empresas estão mais preocupadas com o caixa e como vão pagar seus compromissos – muitas delas, inclusive, estão pensando em como honrar os salários de seus funcionários. Mas o fato é que a marca tem que ser muito maior do que a crise. Ela tem que sair com a sua reputação ilesa. Se você chegou até aqui, não deveria estar considerando recomeçar do zero quando a vida voltar ao normal.
(mais…)Já faz alguns dias que o Grupo BITTENCOURT falou aqui sobre o Simon Sinek e a palestra dele na Convenção da International Franchise Association. O que eu não se sabia, é que as palavras dele estariam ressoando tão fortemente poucas semanas depois. Acho que todos que lideram empresas e equipes devem estar sentindo como nunca foi tão necessário ter coragem para liderar.
(mais…)Algumas notícias recentes sobre o cenário macroeconômico de nosso país podem nos fazer pensar de forma mais positiva sobre o ano que está para chegar.
Consumidor mais confiante, empresário idem. Queda no juros do cheque especial e aumento da ocupação – mesmo que na informalidade – podem fazer a economia girar um pouco mais rápido do que em 2019.
No entanto, alguns desafios que o empresário enfrenta não tem origem apenas no cenário macroeconômico nacional. Eles vão muito além de nossas fronteiras.
Além disso, as economias globais tem passado por turbulências que além de econômicas, são em grande parte políticas. Alguns líderes globais tem provocado uma sensação de instabilidade e de risco iminente de recessão, visto que tem provocado tensões no comércio entre os países com medidas protecionistas e com discursos inflamados (muitas vezes até desastrosos) para a diplomacia mundial.
E para as indústrias esse tem sido um grande desafio. Já não é de hoje que concorrer na fabricação de produtos com países como China, Índia e Vietnã faz parte do seu cotidiano. Em alguns mercados como o calçadista, temos a China como produtor de mais de 50% do que se consome no mundo desse setor. Se somarmos Índia e Vietnã, o número chega a impressionantes 72% da produção mundial de calçados.
Mais do que a indústria, recentemente o varejo nacional também tem sentido a competição acirrada com essas mesmas indústrias asiáticas que passaram a vender diretamente ao consumidor final por meio de marketplaces e plataformas de e-commerces internacionais que, diga-se de passagem, tem sido muito eficazes no ajuste dos prazos de entrega além de proporcionar rastreabilidade dos produtos comprados. A experiência de consumo nesses canais tem se aprimorado bastante e num ritmo muitas vezes difícil de acompanhar.
Estima-se que o e-commerce crossborder no mundo esteja com um crescimento anual de mais de 30%. E, observando de perto o comportamento do consumidor, que tem cada vez mais adotado o comércio online como aliado no ganho de eficiência e conveniência, é possível perceber a grande oportunidade de se cruzar as fronteiras. Além de diluir os riscos de atuação num único mercado, o e-commerce crossborder muitas vezes representa a primeira iniciativa de muitas marcas no que podemos chamar de processo de internacionalização. Muitas redes de franquia inclusive têm testado a aceitação do produto no mercado externo por meio dessa iniciativa.
Mas, essa grande oportunidade também representa aderir a algumas batalhas. As empresas que desejam competir nesse ambiente inóspito devem se preparar para enfrentar um ambiente regulatório mais complexo e muitas vezes completamente diverso do encontrado no mercado local. Pode haver restrições à venda de produtos e exigências de agências regulatórias nos países de destino.
As flutuações cambiais e a cultura de forma e meio de pagamento também não podem ser ignoradas. Assim como no Brasil, o parcelamento é quase que regra no comércio local, outros países podem ter sua particularidades que devem ser estudadas para oferecer conveniência para o consumidor de cada destino.
A logística então é um monstro a ser enfrentado. Lembrando que não é apenas a entrega do produto que precisa ser pensada, mas também a devolução. Esse ponto é um dos que pode ser considerado impeditivo para muitas marcas que desejam operar em países com pouca infraestrutura o que certamente vai representar custos muito mais elevados.
São muitos os aspectos a serem pensados e considerados para o ingresso no comércio sem fronteiras. Quem deseja entrar no jogo do comércio mundial já deve saber que onde há um desafio também há uma oportunidade e já deve ter sentido que se não cruzar a fronteira e ir para o “lado de lá” será alcançado rapidinho no “lado de cá”.
Lyana Bittencourt, diretora executiva do Grupo BITTENCOURT
Se você deseja cruzar a fronteira e internacionalizar seu negócio, conte com o Grupo BITTENCOURT para estar ao seu lado nessa nova jornada.